18/11/2022
Integrando a agenda nacional e a programação municipal do Mês da Consciência Negra, as obras da exposição “O Lado Negro da Música Brasileira”, criadas por Pe. José Paulino Martins (jesuíta, artista plástico e Diretor de Formação Cristã da ETE), alusivas à temática da ancestralidade, da luta e valorização da cultura do povo de origem africana, estão expostas neste final de semana (18 a 20/11) no Festival Afro Mineiridades que acontece no Ginásio Alcidão, e a partir de 2ª feira (21/11) poderão ser vistas no espaço do Centro de Estudos da ETE FMC (mostra aberta ao público). Na exposição "O Lado Negro da Música Brasileira", as pinturas fazem um paralelo com canções de artistas nacionais sobre o preconceito e as questões raciais, e nos chamam à reflexão.
Alguns quadros já estiveram expostos em outras ocasiões, como no HackTown 2022, com destaque para o prestigiado quadro “Faces”, pintura que retrata 25 faces de Cristo, onde a 25ª (ao centro) é um espelho, transmitindo, subliminarmente, a mensagem que Deus habita em todos nós e cada um pode se reconhecer Nele.
“E O VERBO SE FEZ IMAGEM E HABITOU ENTRE NÓS”
Padre José Paulino Martins, SJ, iniciou o estudo de pintura de ícones bizantinos em São Paulo, na Catedral Greco-Católica Melquitano Brasil "Nossa Senhora do Paraíso", ofício que aprendeu com o mestre, Pe. Marcelo Souza Bertani. “Não sou formado em artes plásticas, sou tão somente um amante desse segmento. Pintar é quase uma necessidade. É um encontro muito particular e especial comigo mesmo”, relata Pe. Paulino.
Para ele, a pintura pode ter um papel social e religioso. "Penso que, nesta realidade, as artes plásticas podem ter papel importante no convite a um olhar mais atento e menos fugaz à realidade do mundo. Como falar da beleza de Deus quando não somos capazes de perceber a beleza do mundo?", conclui Pe. Paulino.
CONTRIBUIÇÃO DA PROVÍNCIA DOS JESUÍTAS DO BRASIL DIANTE DA QUESTÃO NEGRA
A Companhia de Jesus, através da Província dos Jesuítas do Brasil, em sua cartilha "Promoção da Justiça Socioambiental – Marco de Orientação" possui relevante contribuição dedicada ao processo de educação das relações étnico-raciais pautadas nas Leis de Políticas Afirmativas de Reconhecimento Cidadão dos Afrodescendentes e dos Integrantes dos Povos Indígenas, colocando o tema como um forte apelo para as frentes de ação apostólica.
Segundo o documento, “há uma grande dívida social em relação aos afrodescentes e aos povos indígenas [que] (...) perduram e se somam às situações de extrema pobreza”. Sendo assim, a solução entendida é que haja inovação e aperfeiçoamento dessa política anti-racista e é extremamente necessário e urgente o empodeiramento racial.
A Escola Técnica de Eletrônica “Francisco Moreira da Costa” é mantida pela Associação Nóbrega de Educação e Assistência Social (ANEAS), instituição de direito privado sem fins lucrativos, filantrópica, de natureza educativa, cultural, assistencial e beneficente, certificada como Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS), nas áreas de educação e assistência social.
Na área de educação, desenvolve o Programa de Inclusão Educacional e Acadêmica (PIEA), oferecendo bolsas de estudo e benefícios complementares, para os níveis de educação básica, garantindo o acesso, permanência e a aprendizagem.
Na área de assistência social desenvolve serviços, programas e projetos nas categorias de atendimento, assessoramento, defesa e garantia de direitos, de acordo com o Art. 3º da Lei Orgânica de Assistência Social.
A ANEAS atua em conformidade à legislação vigente por meio da Lei Complementar nº 187 de 16 de dezembro de 2021.