27/08/2013
O grande alcance e a visibilidade das redes sociais levaram a Professora de Língua Portuguesa da ETE FMC, Zorilda Alves de Sá, a criar um grupo de discussão de propósitos acadêmicos em uma das plataformas mais acessadas pelos jovens: o Facebook.
O grupo - para os alunos do 3º ano - surgiu com o propósito de postar avisos informais e comentários sobre as aulas de Português, mas a Professora percebeu que essa nova ferramenta didática foi muito bem recebida e passou a agregar valores extras à disciplina.
De acordo com a Professora Zorilda, o conteúdo é específico e focado na leitura crítica da realidade. "Neste grupo postamos textos que geram algum tipo de discussão. Normalmente são editoriais, textos de opinião que incitem uma reflexão parecida como aquelas que fazemos na dissertação, que são mais críticos e requerem uma hierarquia de ideias. Eu preciso, de todas as maneiras, levar os alunos à leitura para melhorarem na produção de textos", explica.
Como é de conhecimento de todos, os jovens estão sempre de olho no Facebook, mas com a criação deste grupo, os alunos passaram a ter mais acesso a esse tipo de material complementar que está sendo disponibilizado pela Professora. Os textos indicados são de grandes veículos nacionais como Jornal O Globo, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Revistas Veja e Carta Capital, entre outros. "Direciono a leitura de editoriais e artigos- mais áridos, portanto pouco prazerosos para essa faixa etária - para uma reflexão necessária que incita uma criticidade madura acerca dos problemas brasileiros ", afirma Zorilda.
O conteúdo das postagens está vinculado aos temas já debatidos com o objetivo de enriquecer o que foi trabalhado em aula. É mais um canal oferecido para o aluno que se interessar pelo assunto. A leitura não é obrigatória, e esse material não é cobrado em sala. "É uma forma para incentivar e direcionar os alunos à leitura. Foi uma estratégia que encontrei para completar as aulas. Uma ferramenta informal que funciona muito bem e tem trazido resultados", conta Zorilda.
Já conscientes e se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), os textos complementares desenvolvem uma leitura reflexiva que rodeia a qualidade de vida e a consciência crítica do cidadão - como a questão da saúde pública, a contratação de médicos do exterior, problemas do trânsito nas capitais, e outras possibilidades de temas a serem cobrados no ENEM. "Não apenas por questões do ENEM, mas levando em conta a formação integral do aluno da ETE. Eu cito o ENEM porque sabemos que este exame pede um aluno consciente, que faça uma leitura social, solidária e fraterna da realidade. Trata-se de assuntos que interferem na vida do cidadão e que, geralmente, embasam o ENEM", finaliza Professora Zorilda.
E o aluno Leonardo de Oliveira Saldanha ressalta: "O grupo incentivou não só as leituras e atividades extra-classes como também o compartilhamento espontâneo de conteúdos úteis para os estudos de preparação para o ENEM".
Prof. Zorilda, com os alunos da turma 32EO
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